Publicado originalmente em Papéis Avulsos (1882), “O Espelho” é um dos contos mais emblemáticos de Machado de Assis e um dos raros exemplos de fantástico metafísico na literatura brasileira. Nele, um alferes propõe a existência de duas almas — uma interna e outra externa — que coexistem no ser humano. O conto explora temas como identidade, aparência, ego e o olhar social, construindo uma ambiguidade entre o psicológico e o sobrenatural, em consonância com a definição clássica do fantástico proposta por Tzvetan Todorov.